Logo após a apresentação do cheque do pagamento de "mensalinho", o PFL pediu nesta quarta-feira o afastamento imediato do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE). Segundo os pefelistas, ele não tem condições de presidir as sessões, inclusive a desta tarde, em que deverá ser votada a cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
- Se isso acontecer, será o pior da história da Câmara dos Deputados. Severino perdeu todas as condições de presidir a sessão. A situação é insustentável - disse o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ).
O PSB - que não assinou a representação contra Severino nesta terça-feira - resolveu pedir a renúncia do presidente da Câmara depois da entrevista do empresário Sebastião Buani. O líder do partido da Câmara, deputado Renato Casagrande (ES), tentou justificar:
- O cheque era a prova que faltava. Agora Severino tem de renunciar - disse.
O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), afirmou que, antes mesmo da apresentação do cheque, já havia indícios para pedir a cassação do presidente da Câmara. Ele citou o documento assinado por Severino que concedia prorrogação do contrato de Buani com a Câmara.
- O presidente da Câmara não pode mentir. Espero que o senhor, presidente Severino, não venha presidir hoje (quarta-feira).
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