O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta segunda-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que arquive o inquérito que investiga o envolvimento do vice-presidente a República, Michel Temer (PMDB), em um suposto esquema de cobrança de propina de empresas que na década de 1990 participaram de licitações da Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal administradora do porto de Santos.
A recomendação da PGR será analisada pelo ministro relator do caso no Supremo, Marco Aurélio Mello. Aberto pela 4ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, o inquérito apura o suposto envolvimento de Temer e do ex-presidente da Codesp Marcelo de Azeredo.
As empresas participaram de licitações para arrendamento de áreas operacionais no porto. O inquérito foi revelado em reportagem do jornal "Folha de S.Paulo".
Gurgel entendeu que não há na investigação indícios suficientes para sustentar as acusações contra o vice-presidente e Azeredo. Uma investigação sobre os mesmos fatos foi arquivada, em 2000, pelo então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pelo mesmo motivo.
"As diligências realizadas enquanto a investigação tramitou perante a Polícia Federal não trouxeram novas provas dos fatos em apuração que evidenciassem qualquer envolvimento de Michel Temer, não havendo, portanto, justa causa para a tramitação do presente inquérito", afirmou o procurador-geral no parecer.
Na última terça-feira (5), após participar de evento, em Brasília, Temer negou as acusações.
"Isso é coisa velha. Mais do que velha, é antiquíssima. Por ser antiquíssima, já foi decidida pelo procurador-geral da República a mesma matéria que foi veiculada hoje. Não há conexão nenhuma quanto aos fatos. Enfim, não vou revelar minha indignação, porque ela surge da forma como eu respondo", declarou.
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