A Procuradoria Geral da República vai analisar após o recesso judiciário se pede abertura de inquéritos contra os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL) com base na delação premiada do entregador de dinheiro Carlos Alexandre de Souza Rocha.
Rocha, que transportava valores para o doleiro Alberto Youssef, disse que fez entregas destinadas a Aécio (no valor de R$ 300 mil) e a Renan Calheiros (de R$ 1 milhão). Em relação a Randolfe, afirmou ter ouvido de Youssef que o senador tinha recebido R$ 200 mil, mas que não efetuou entrega.
A partir da análise dos fatos e de uma investigação preliminar é que a PGR vai decidir se abre inquérito ou pede arquivamento em relação aos parlamentares. Os trabalhos no Judiciário serão retomados em fevereiro.
Desses três, até o momento só Renan é alvo de inquéritos sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Aécio já havia sido citado por Youssef em sua delação, mas a PGR não prosseguiu com a investigação por entender que os indícios eram fracos.
A delação veio a público porque teve o sigilo retirado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, relator dos casos da Lava Jato.
Aécio, Randolfe e Renan negam o recebimento de propina. A assessoria de Aécio classificou de “absurda e irresponsável” a citação ao seu nome. Já Randolfe disse que “alguns porcos querem levar todos para o chiqueiro deles”. A defesa de Renan diz que as declarações são de uma “inconsistência absoluta”.
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