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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, voltou a defender nesta quinta-feira (24) a intervenção federal no Distrito Federal devido ao suposto esquema de corrupção no governo local. Segundo ele, mesmo após a prisão e o afastamento do ex-governador do DF José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), o suposto esquema de pagamento de propina envolvendo os poderes Executivo e Legislativo, que ficou conhecido como mensalão do DEM, continua em operação.

"Há indícios de que o esquema continua. Mesmo com o afastamento de Arruda não foi desmantelado, não se desfez", afirmou o procurador-geral.

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima quarta-feira (30) o julgamento do pedido de intervenção feito pela PGR em fevereiro, logo após a prisão de Arruda. Segundo Gurgel, a expectativa é de que a Suprema Corte julgue procedente a intervenção.

Ele refutou o argumento de que a intervenção já não teria efetividade devido ao tempo que se passou desde o pedido. "Não perdeu o 'timing'. Continuamos com os mesmos problemas, e o atual governador não tem condições de sanear os problemas, porque foi eleito com votos dos mesmos deputados envolvidos no esquema", argumentou Gurgel.

O G1 tentou contato com o governador do Distrito Federal e com sua assessoria para que pudessem comentar a declaração de Gurgel, mas ninguém atendeu aos telefonemas. A reportagem deixou recados e ainda aguarda resposta.

Sobre o inquérito, resultado da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que está sendo analisado pela PGR, Gurgel afirmou que ainda aguarda a análise de provas e materiais pela PF para que seja apresentada à Justiça a denúncia contra os envolvidos.

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