O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), destituído da liderança do partido na semana passada, protocolou na manhã desta quinta-feira (17) uma lista com 36 assinaturas para reassumir o posto de líder. O voto do deputado Pedro Paulo, exonerado da prefeitura do Rio para reassumir a cadeira de deputado federal, foi o “fiel da balança”, disseram peemedebistas aliados de Picciani. Leonardo Quintão é quem estava no posto.
De volta à liderança de um partido rachado, o deputado Leonardo Picciani defendeu a união no partido e disse que não há sentimento interno de “revanchismo” ou “disputa”. “Hoje [quinta, 17] a gente deu um passo importante afundar esse processo que é o uso de listas. O momento agora é de união, de se buscar unidade no partido. Não há qualquer sentimento de revanchismo ou disputa [dentro da bancada]”, afirmou Picciani.
O líder disse que a divisão na bancada é fruto da tensão que o país vive hoje. Ele defendeu, no entanto, que todos “recolham suas armas” para o bem do país. Picciani afirmou que continuará dialogando com a presidente Dilma Rousseff: “[A situação da bancada] [é fruto do momento tenso que o país vive, mas precisamos que todos recolham suas armas e trabalhem pelo país. Contiuarei dialogando com a presidente Dilma, a maioria da bancada preza por esse diálogo”.
O peemedebista comentou também a polêmica com o vice-presidente Michel Temer, a quem Picciani dirigiu declarações duras quando foi retirado do posto de líder. Picciani disse, no entanto, que foi envolvido em uma “falsa polêmica” e fez elogios ao vice, também presidente do partido, afirmando que a relação entre os dois ficará “absolutamente positiva”: “Fui envolvido numa falsa polêmica, tenho grande apreço por ele, é a maior liderança do nosso partido e buscarei o diálogo com ele e com toda a bancada”.
Picciani negou que não teria conseguido reassumir a liderança sem a ajuda de deputados que estavam afastados do Congresso, como os deputados Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e Pedro Paulo – pré-candidato à prefeitura do Rio em 2016 –, ambos do Rio e contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os dois reassumiram às pressas as cadeiras federais para ajudar o líder a retomar seu posto. “Eu teria apoio ainda que não fosse isso [a volta desses parlamentares]. Os deputados do Rio que reassumiram, retornaram para defender a posição da bancada”, disse.
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