O tenente-brigadeiro-do-ar Joseli Camelo, responsável pelas viagens da presidente Dilma Rousseff (PT), será indicado para assumir a vaga da Aeronáutica no Superior Tribunal Militar (STM). Ele deixou ontem a Secretaria de Coordenação e Assessoramento Militar do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência.
De acordo com Camelo, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, assinou ontem a sua indicação, que será apresentada a Dilma. A presidente deverá chancelá-la e publicá-la no Diário Oficial da União. Camelo irá ocupar a vaga do ministro José Américo, que se aposenta no dia 13 deste mês.
Saito deixará o cargo em breve. Na quarta-feira passada, Dilma nomeou o brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato para o comando da Força. Camelo era o segundo nome de uma lista tríplice apresentada à presidente para o posto.
Camelo deverá ainda ser sabatinado pelo Senado quando os parlamentares voltarem ao trabalho, em fevereiro. Os senadores podem vetar a sua indicação, mas, historicamente, é raro que isso aconteça.
O militar atuou na secretaria do GSI por 12 anos, desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, quando também pilotava o avião presidencial. No primeiro governo Dilma, ele passou a comandar as operações de deslocamento por ar da presidente e a acompanhar todas as viagens.
Camelo será substituído pelo tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Alberto Pereira Bianchi, que há quatro anos pilota o avião presidencial. Ele continuará como comandante da aeronave e assumirá a responsabilidade por planejar e coordenar as viagens.
Segundo Camelo, nos 12 anos em que trabalhou com os presidentes petistas, ele voou a 92 países e realizou quase dez mil horas de voo. "Agora vou virar um juiz. Sempre serei justo", disse.
Questionado sobre a extinção da Justiça Militar, causa defendida por movimentos sociais e entidades do Direito, Camelo afirmou que não acredita em seu fim. "A Justiça Militar é o fórum mais antigo do país. Acho que dificilmente ela acabará. Ainda é muito importante para o país", disse.Camelo afirmou que são muitas as histórias que ele presenciou nestes 12 anos, mas não quis detalhar nenhuma. "O que me marca é o lado humano. Por estarmos perto do presidente, a gente acaba tendo o privilégio de conhecer um pouco mais. E assim a gente admira mais. Porque, olha, esse pessoal trabalha muito", afirmou.
Segundo o militar, Dilma é uma pessoa muito afável e que gosta de ler durante as viagens. Ele se despediu da presidente na tarde de ontem, antes da cerimônia de transmissão de cargo que aconteceu no Palácio do Planalto.
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