Indicado para coordenar em Minas Gerais a provável candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência no ano que vem, o ex-ministro tucano Pimenta da Veiga vai assumir, no dia 26, a direção do Instituto Teotônio Vilela no Estado. A medida foi estratégica para o ex-ministro, afastado da política há cerca de dez anos, manter contatos com correligionários e aliados sem precisar de cargo oficial. E, de quebra, ajuda a sufocar disputas internas do partido e deixar praticamente sob o comando exclusivo de Aécio a sucessão no Estado.

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A principal missão do ex-ministro, porém, é arrecadar apoio em torno da candidatura presidencial tucana. Apesar da hegemonia de Aécio no Estado, em diversas regiões mineiras ocorreu, tanto em 2002 quanto em 2006 o chamado "Lulécio", como votos simultâneos no tucano e no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e, em 2010, o "Dilmasia", com apoio do eleitorado na presidente Dilma Rousseff e no atual governador, Antonio Anastasia (PSDB).

"É uma boa oportunidade para ele se reincorporar, porque afastado muito tempo da política mineira. Tem essa questão da distância, mas é muito experiente. Vem para que a gente monte essa equação", salientou o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana. O ex-ministro assume o cargo no lugar do deputado federal Eduardo Barbosa, chamado por Aécio - que preside o diretório nacional do PSDB - para ser o coordenador de políticas sociais do partido.

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Com a entrada de Pimenta da Veiga no cenário, aumentam os nomes que passam a disputar a indicação para concorrer ao governo mineiro com apoio do Executivo Estadual, provavelmente contra o ministro petista Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Além do próprio ex-ministro, estão no páreo Marcus Pestana, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Dinis Pinheiro (PSDB), o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o também tucano Narcio Rodrigues, o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), próximo ao secretário de Estado de Governo e principal articulador do tucanato mineiro, Danilo de Castro.

No entanto, Pestana nega que haja disputa interna pela indicação. "Na hora certa, sob coordenação do Aécio e do Anastasia, nosso grupo vai se posicionar", observou o deputado, que salientou ser "muito próximo" de Pimenta. "Não estamos preocupados com nomes. Vamos viajar juntos", disse, referindo-se ao ex-ministro. "O eixo prioritário é a candidatura do Aécio. Esse será o eixo ordenador", concluiu.