Confirmado nesta segunda-feira (10) como pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, o ex-ministro Pimenta da Veiga, evitou confirmar espaço para o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no palanque no Estado. Sem responder diretamente, o ex-ministro, que defendeu a unidade do partido, deu a entender que a participação de Azeredo na campanha vai depender do julgamento que o parlamentar deve enfrentar no Supremo Tribunal Federal (STF) pela acusação de peculato e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão mineiro, ocorrido durante sua campanha à reeleição ao governo, em 1998.
Na sexta-feira (7) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao STF as suas alegações finais, nas quais pediu que Azeredo seja condenado a 22 anos de prisão. "Recebemos com muita surpresa o impróprio parecer da Procuradoria Geral (da República) e agora vamos aguardar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF)", disse Pimenta da Veiga, ao ser perguntado se o deputado terá espaço em seu palanque caso pretenda disputar as eleições de outubro. "A discussão que há, sobre algumas contas de campanha do deputado Azeredo, irá a julgamento no Supremo Tribunal Federal", afirmou o ex-ministro, segundo o qual o correligionário "vai ser tratado da forma correta" durante as eleições.
Pimenta foi confirmado como pré-candidato à sucessão do atual governador, o também tucano Antonio Anastasia, após o presidente do diretório mineiro da legenda, deputado federal Marcus Pestana abrir mão de disputar a indicação do partido para a eleição estadual. "Há momentos de avançar e outros em que é preciso saber recuar. Não consegui produzir em torno do meu nome o consenso necessário", declarou Pestana, que é cotado para assumir a coordenação da possível campanha à Presidência do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
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