Em meio às denúncias de irregularidades e suspeitas sobre sua empresa de consultoria, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, recebeu apoio explícito do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), hoje, no Rio de Janeiro. "Pelas informações que tenho, mantenho muita confiança no ministro Pimentel, que, além de tudo, é mineiro e um amigo", disse Anastasia, logo após concluir uma palestra sobre a internacionalização do Estado de Minas Gerais, em evento realizado na Associação Comercial do Rio. "Mas essa questão de ministro de Estado, a competência é exclusiva da presidente da República".
O ministro e o governador são aliados na política local de Minas Gerais. A ala comandada por Pimentel no PT mineiro costurou junto ao PSDB de Anastasia e do senador Aécio Neves a aliança que elegeu, em 2008, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). O acordo frustrou a ala petista que pretendia lançar a candidatura do então ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e rachou de vez o diretório local do partido.
"Os governadores decidiram em Maceió, no ano passado, que as questões políticas de oposição sejam feitas pelo parlamento, e não pelos governadores", disse Anastasia, deixando claro que não se sentia confortável em falar sobre as denúncias envolvendo o ministro aliado.
Questionado se acreditava que as denúncias contra Pimentel poderiam atrapalhar a campanha de reeleição de Lacerda ou mesmo a reedição da aliança entre o PSDB e o PT locais, Anastasia foi monossilábico: "Não". Otílio Prado, sócio de Pimentel na P-21 Consultoria e Projetos Ltda em 2009 e 2010, era assessor especial de Lacerda na prefeitura até ontem. A empresa deles faturou R$ 2 milhões nesse período. Entre os clientes da P-21 estão duas empresas que mantiveram contratos com a Prefeitura de Belo Horizonte no período em que Otílio era assessor especial.
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