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Em depoimento na CPI dos Correios, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato disse que não sabia que os dois envelopes que um contínuo do BB foi buscar no Banco Rural, a pedido do empresário Marcos Valério, continham dinheiro. Ele disse que fez apenas um favor a Valério, cuja agência (DNA Propaganda) prestava serviços ao Banco do Brasil. No total, os saques feitos em janeiro de 2004 foram de R$ 327 mil.

Pizzolato afirmou ainda que apesar de ter sido presidente do conselho deliberativo da Previ, desconhecia investimentos do fundo de pensão no Banco Rural. Ele afastou-se da Previ depois da denúncia de que teria mandado um contínuo sacar de uma conta da DNA no Banco Rural. O ex-diretor do BB explicou que, como presidente do conselho, só interferia em aplicações superiores a R$ 3,5 bilhões, limite que corresponde a 5% do total de recursos do fundo (R$ 70 bilhões).

- Abaixo disso, não tomava conhecimento, explicou Pizzolato, que não conseguiu o hábeas-corpus que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele queria depor na condição de investigado e não de testemunha, em que é obrigado a responder todas as perguntas, exceto àquelas em que pode se auto-incriminar.

Pizzolato afirmou ainda que seu salário, de quase R$ 40 mil, era "motivo de chacota" porque ganhava infinitamente menos do que outros executivos da iniciativa privada.

O salário do ex-diretor no Banco do Brasil era de R$ 19 mil. O valor era complementado pela atuação como conselheiro da Embraer (R$ 12,5 mil), da Previ (R$ 4,8 mil) e da Associação dos Funcionários do Banco do Brasil (R$ 3 mil).

Ao tentar explicar a compra de ingressos de um show da dupla Zezé de Camargo e Luciano pelo Banco do Brasil, Pizzolato disse que não tinha conhecimento de que o espetáculo destinava-se à arrecadação de dinheiro para a construção de sede do PT. Ele disse ainda que a compra não foi feita pelo banco, e sim pela Visa, como promoção para incentivar a adesão a seus cartões.

Pizzolato afirmou ainda que foi isento de culpa no episódio em dezembro de 2004, em parecer do Tribunal de Contas da União.

O ex-diretor do BB negou ainda que a empresa Multiaction, da qual Valério foi sócio, tenha intermediado patrocínios do Banco do Brasil.

Ele também garantiu aos parlamentares que há mais de 10 anos não participa de reuniões do diretório do PT.

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