O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato negou nesta quarta-feira, em depoimento na CPI dos Correios, que a diretoria de Marketing tivesse qualquer ingerência sobre a distribuição de recursos para as agências de publicidade. Ele afirmou que o relacionamento da Visanet com o Banco do Brasil não era feito por intermédio da sua diretoria e que não cabia a ele a administração dos recursos nem a escolha de novas campanhas feitas pelas agências.
Segundo esclareceu, competia à diretoria de Negócios a solicitação das campanhas e à diretoria de Logística o pagamento. A diretoria de Marketing, acrescentou Pizzolato, somente gerenciava os contratos.
Pizzolato explicou ainda que os cartões de crédito estavam subordinados à diretoria de Varejo e que era a DNA que cuidava da publicidade dessa diretoria - e que, por isso, essa empresa foi escolhida para cuidar da publicidade da Visanet.
Pizzolato disse aos parlamentares que, quando assumiu a diretoria, três agências de publicidade atendiam ao Banco do Brasil e tiveram o contrato prorrogado - entre elas a DNA, do empresário Marcos Valério. Cerca de 60 dias depois da posse, Pizzolato foi informado por uma nota técnica que o banco tinha direito de usar R$ 24 milhões da Visanet para publicidade de cartões Visa emitidos pelo Banco do Brasil. A interpretação na época foi que, por não serem recursos do orçamento do banco, poderiam ser aplicados sem autorização da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
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