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Condenado no mensalão relatou também que a assistência a saúde dos presos é precária. | Foto: José Cruz/ Agência Brasil/Fotos Públicas
Condenado no mensalão relatou também que a assistência a saúde dos presos é precária.| Foto: Foto: José Cruz/ Agência Brasil/Fotos Públicas

Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil e condenado no mensalão, queixou-se a amigos que o foram visitar das condições do Centro de Detenção Provisória na Papuda, em Brasília, onde cumpre pena.

Pizzolato reclamou das condições de atendimento a saúde, para ele e outros presos, e relatou que um remédio que ele tomava Itália não é encontrado no Brasil. A situação dele foi relatada num ofício protocolado por amigos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em instituições de direitos humanos do Congresso Nacional. “O mesmo (Pizzolato) relatou que está preso no Brasil há dez dias e que, o que mais o preocupa dentro da cadeia é a precariedade da assistência à saúde aos presos, pois na sua maioria são de idade avançada, e que, na data de ontem (dia 4 de novembro) um preso passou mal, foi socorrido e morreu num hospital...Alega que não existe plantão médico dentro da cadeira e, quando há necessidade de atendimento de urgência, um preso de outro pavilhão, que é médico, é quem presta os primeiros socorros. Falou com tristeza da situação da saúde de um preso que sabe somente chamar-se Garimpeiro”, diz o ofício dos amigo.

Pizzolato relatou a quem o visitou que, quando da sua extradição para o Brasil, trouxe consigo todo seu prontuário médico e que o remédio que lhe foi ministrado não existe no Brasil e que aqui lhe foi receitado um similar. “Mostrou-se muito preocupado e não deixou de fazer as comparações entre as acomodações das cadeias dos dois países (Brasil e Itália) e principalmente com sua saúde e alimentação. Argumentou que cada preso na Itália recebe uma dieta de acordo com sua origem, saúde e crença religiosa”.

No final do documento, os amigos de Pizzolato pedem providências para ele e seus companheiros de cela.

O subsecretário do Sistema Penitenciária (Sesipe) do governo do Distrito Federal, o delegado João Carlos Lóssio, afirmou que não procedem as queixas de Pizzolato. “Temos atendimento médico primário dentro do presídio. E também atendimento emergencial. Além de psicólogos e assistentes sociais. Tendo necessidade, o preso é encaminhado à rede pública de saúde. E também não temos nenhum problema de alimentação, que é a melhor possível. São quatro alimentações por dia: café da manhã, almoço, janta e ceia. O que muitos trabalhadores não tem. E temos ainda uma cantina onde os presos podem comprar produtos não fornecidos no presídios. Portanto, não procedem essas queixas”, disse João Carlos Lóssio.

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