O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, afirmou nesta quarta-feira (25) que o governo federal tem de fazer um “mea-culpa” em relação à maneira como trata o PMDB, e que os resultados positivos das gestões Lula e Dilma devem ser atribuídos não apenas ao PT, mas a toda base aliada. O afago ao partido ocorre um dia depois de o vice-presidente, Michel Temer, que é peemedebista, avisar a presidente Dilma que, se a sigla não tiver mais espaço no govermo, sairá da base de apoio governista.
“Acho que a gente tem que eventualmente até poder fazer um ‘mea-culpa’, se o PMDB está se sentido efetivamente assim, [e] tomar as medidas para que ele possa se sentir mais integrado na definição dessas questões. Encaramos isso com a mais absoluta normalidade e como uma tentativa do PMDB contribuir mais ainda”, disse Vargas, um dos principais responsáveis justamente pela negociação política no governo.
Reações diferentes
Dentre os peemedebistas, as reações foram diferentes. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado um dos principais desafetos do Planalto, defendeu em encontro com sindicalistas o ajuste fiscal proposto pela presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou a representantes de centrais sindicais que o país precisa dessas medidas. Ele recomendou que, em vez de defender a rejeição das propostas do governo, elas dirijam o debate para o aperfeiçoamento das medidas.
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerado um aliado de primeira hora do Planalto, criticou Dilma pela forma como ela está conduzindo o ajuste fiscal. Ele sugeriu que a presidente corte temporariamente metade dos cargos em comissão no Executivo como forma de economizar e ajudar o país a enfrentar a crise econômica nacional.
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