Em meio à ameaça de rebelião em sua base legislativa, o governo intensifica nesta terça-feira (11) a tentativa de esvaziar o bloco de partidos insatisfeitos montado antes do Carnaval sob a liderança do PMDB, a maior legenda aliada ao PT na coalizão de apoio a Dilma Rousseff.
O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) está se reunindo desde a segunda, separadamente, com congressistas do PR, PTB, PP e Pros, partidos que inicialmente aderiram ao "blocão" montado pelo PMDB.
A estratégia palaciana é negociar o atendimento das demandas de cada um desses partidos, de forma separada, evitando a interlocução com o bloco, criado pelos aliados com o objetivo de pressionar o Planalto.
As reivindicações dos que ameaçam se rebelar se concentram na liberação de verbas para as emendas que os congressistas apresentaram ao Orçamento, na ocupação de cargos federais e na tentativa de forçar o PT a ceder nas negociações para a montagem das candidaturas nos Estados.
Várias reuniões estão marcadas para hoje em Brasília. O "blocão" deve se reunir em um almoço. A bancada do PMDB tem encontro à tarde.
Além disso, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) se reuniu hoje de manhã com o líder da bancada de deputados federais do partido, Eduardo Cunha (RJ), e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Cunha lidera o grupo de insatisfeitos no PMDB. O Planalto tenta isolá-lo e transferiu a Temer a tarefa de negociar com o deputado.
Congresso prepara reação à decisão de Dino que suspendeu pagamento de emendas parlamentares
O presente do Conanda aos abortistas
Governo publica indulto natalino sem perdão aos presos do 8/1 e por abuso de autoridade
Após operação da PF, União Brasil deixa para 2025 decisão sobre liderança do partido na Câmara