A bancada do PT no Senado se reuniu nesta quarta-feira (3) para debater posicionamentos e definir representações do partido em 2016. Mas ainda não há um nome para a liderança do governo no Senado, que segue com um líder interino há mais de dois meses, quando Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso preventivamente pela Polícia Federal.
A decisão cabe ao Palácio do Planalto, mas, segundo os senadores da bancada petista, não houve nenhuma sinalização. O líder do governo não precisa, necessariamente, ser do PT e a vaga pode ficar com outro nome da base de apoio, o que aumenta o leque de possibilidades.
“O governo vai procurar encontrar alguém que possa ter trânsito em toda a base de sustentação do governo, que tenha diálogo com a oposição”, afirmou o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PT-PE). Atualmente, o cargo é exercido interinamente pelo senador José Pimentel (PT-CE), que acumula também o posto de líder do governo no Congresso Nacional.
Quando Delcídio foi afastado, alguns nomes foram apontados, como o do senador Blairo Maggi (PMDB-PR), que possui bom diálogo com parlamentares da base e da oposição. Ele afirmou já ter sido procurado por ministros do Planalto, mas negou interesse. “Eu acredito que será fácil encontrar um nome que possa desempenhar esse papel que vinha sendo bem desempenhado”, opinou Humberto Costa.
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Leia a matéria completaEntretanto, o cargo não parece atrativo, já que o líder terá de lidar com divergências entre o governo e a própria bancada do PT, além de defender a aprovação de matérias do interesse da presidente que não são do agrado dos parlamentares, como a CPMF. Da última vez, o governo gastou 5 meses para encontrar um senador disposto a assumir o cargo.
Delcídio
Enquanto isso, correm os prazos para Delcídio se defender da representação apresentada contra ele no Conselho de Ética do Senado, processo que pode levar a sua cassação. Ele deve apresentar sua defesa ainda em fevereiro, após o carnaval. Segundo o líder do PT, a bancada respeita o direito de defesa do senador.
“Vemos o Delcídio como vemos todos que fazem parte do PT e são objeto de investigação, como alguém que tem o direito de se defender. É uma posição de não prejulgar, mas também de não blindar ou proteger”, afirmou Humberto Costa.
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