Mercadante fala como novo Ministro da Educação e elogia Haddad
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, confirmado nesta quarta-feira (18) como substituto de Fernando Haddad no Ministério da Educação (MEC) a partir da próxima semana, disse que recebeu com satisfação a indicação e que compartilha o reconhecimento com sua atual equipe.
Reforma ministerial pode se resumir a cinco mudanças
A reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff fará a partir da transferência de Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) para a Educação vai se resumir a cinco mudanças pontuais. A configuração política da Esplanada dos Ministérios e a chave do cofre serão mantidos tais como estão para evitar desconfianças no mercado e desequilíbrio na aliança de sustentação ao governo.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, deixará o governo na próxima terça-feira (24), informou nesta quarta-feira (18) a Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto. Haddad será substituído pelo atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. De acordo com a secretaria, o atual presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antônio Raupp, assume a pasta de Ciência e Tecnologia no lugar de Mercadante.
>>> Futuro ministro da Ciência e Tecnologia tem perfil técnico
Haddad, que assumiu a Educação em 2005, ainda no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixa o governo para concorrer à prefeitura de São Paulo.
Em nota, a presidente Dilma "agradece o empenho e a dedicação do ministro Haddad à frente de ações que estão transformando a educação brasileira e deseja a ele sucesso em seus projetos futuros". "Da mesma forma, (a presidenta) ressalta o trabalho de Mercadante e Raupp nas atuais funções, com a convicção de que terão o mesmo desempenho em suas novas missões".
Na próxima terça-feira (24), serão realizadas a posse e a transmissão de cargo dos novos ministros. Um dia antes, o Palácio do Planalto prepara um grande evento de bolsas do ProUni - Programa Universidade Para Todos para marcar a saída de Haddad do governo. No mesmo dia, está prevista uma reunião ministerial, à qual devem comparecer Haddad, Mercadante e Raupp.
A escolha de Marco Antônio Raupp para a pasta de Ciência e Tecnologia foi uma opção da presidente Dilma, que queria alguém com perfil técnico e gerencial, o que contrariou o desejo dos petistas, que gostariam de ver no cargo o deputado federal Newton Lima (PT-SP), ex-reitor da Universidade de São Carlos.
Físico, Raupp tem larga trajetória no meio científico. É presidente licenciado da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Conheceu o ex-presidente Lula quando esteve à frente da SBPC e manteve afinidade com o petista. Também comandou o Parque Tecnológico de São José dos Campos, polo de desenvolvimento da indústria de inovação no Brasil.
Em dezembro de 2010, Dilma escolheu Raupp para assumir a difícil tarefa de reorganizar o Programa Espacial Brasileiro. O cientista, de Cachoeira do Sul (RS), se dedicou aos três pilares do programa: o projeto Cyclone, para o lançamento de um foguete ucraniano da base de Alcântara (MA); o desenvolvimento do satélite geoestacionário de comunicações; e a correção de rota para a concepção de um foguete brasileiro, o VLS. O governo agora negocia um nome de fora para substituir Raupp na AEB.
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