A polêmica PEC que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos deverá ser aprovada com folga, nesta semana, segundo contabilidade feita pelo Palácio do Planalto. Dos 308 votos necessários para aprovar uma emenda constitucional, o governo estima que o placar será de 340 a 360 votos favoráveis à medida.
Um líder aliado que participou do almoço com o presidente Michel Temer neste domingo afirma que, no encontro, estimou-se que o resultado da votação deverá ser similar ao número de votos pela abertura do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ou seja: 367 votos.
“Daria para chegar até 380, mas como sempre tem algo de última hora, deve ficar próximo do que foi o impeachment”, disse esse líder.
Para garantir quórum alto na segunda-feira pela manhã, quando o projeto começará a se votado na Câmara, Temer convidou todos os deputados dos partidos que integram a base aliada para um jantar na noite deste domingo no Palácio da Alvorada. Mais do que apelar pela aprovação da matéria, Temer buscava ter o controle das presenças no plenário. No início da tarde, 280 deputados já tinham confirmado presença no jantar.
A base de Temer é formada por deputados de 19 partidos. A grande maioria “fechou questão” a favor da PEC, ou seja, a bancada apoiará integralmente. Até ontem, apenas o Solidariedade, do presidente da Força Sindical, não havia tomando esta iniciativa. Porém, dos 14 deputados da bancada, o Planalto estima ter mais da metade dos votos. Fora o SD, no bloco formado por PTN, PTdoB e PSL, com um total de 18 parlamentares, há contrários à medida.
Somados, PMDB, PSDB, PP, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, PTB, PSC, PPS, PHS, PROS, PV e PEN, têm 379 deputados. Incluídos SD, PTN, PTdoB e PSL, chega-se a 411 dos 513 votos da Câmara. O Planalto leva em consideração no seu cálculo, traições e faltas, já que deputados estão envolvidos com o segundo turno das eleições.