Em meio à crise econômica, o Palácio do Planalto desistiu nesta terça-feira de aprovar dois projetos de lei, na Câmara, que aumentam as despesas do governo federal com a criação de 7,8 mil cargos e 600 funções de confiança para o Ministério da Educação e outros 172 postos para o Ministério da Integração Nacional. O governo voltou atrás depois da pressão dos partidos de oposição que se negavam a votar propostas que representam aumentos de despesas.
"Essas proposições acarretam aumento de despesas e devem ser reexaminadas oportunamente", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP). "É preciso dar um freio de arrumação em um momento de crise", afirmou o deputado Paulo Renato (PSDB-SP). A previsão é que os cargos na área de educação custem aos cofres públicos R$ 335 milhões anuais, enquanto serão necessários R$ 8 milhões por ano para arcar com o pagamento das funções para o Ministério da Integração Regional.
Além dos dois projetos que foram retirados da pauta de votações do plenário, o governo federal também pressionou os deputados para conseguir votar nesta terça, na Comissão de Constituição e Justiça projeto de lei que cria 164 novos cargos para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O ministro do Desenvolvimento, Patrus Ananias, esteve hoje na Câmara para pedir a aprovação rápida da proposta. Os 164 novos cargos custarão R$ 13,8 milhões anuais.
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