O Palácio do Planalto enfrentou na noite de hoje no Congresso a terceira votação nos últimos meses de vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos aprovados por deputados e senadores.
A promessa dos principais partidos governistas era manter o entendimento do Executivo. O resultado da votação só deve ser divulgado na quarta-feira.
Ao todo, foram analisados cinco vetos a projetos aprovados por deputados e senadores. Apesar de a votação dessas matérias ser secreta, o governo tem conseguido mobilizar a base aliada e evitado a derrubada pelo Congresso.
Na noite de hoje, foram analisados vetos que tratam do adicional de fronteira pago a policiais federais e outras carreiras; da criação do cargo de analista de controle interno do Sistema Único de Saúde; do cálculo da avaliação do desempenho de especialista em meio ambiente; de mudanças em normas de seguro; e também de benefícios fiscais para produtores de álcool.
Segundo o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não houve nenhuma manifestação de resistência aos vetos. "Nenhum [veto] foi motivo de discussão com os líderes e pelo menos entre os líderes há concordância e quando há unidade a tendência é manter o veto", disse.
Mês passado, o Planalto conseguiu evitar até mesmo a derrubada da chamada "pauta-bomba" que, se fossem rejeitados, teriam impactos financeiros nos cofres públicos. A principal preocupação era com o fim da multa adicional de 10% do FGTS em demissões sem justa causa.
A proposta não passou por apenas um voto de diferença. Desde agosto, insatisfeitos com a articulação política do Planalto, os congressistas retomaram a análise de vetos e estabeleceram uma nova sistemática.Ficou acertada uma sessão por mês para tratar do tema. A votação é secreta e para um veto cair são necessários 257 votos na Câmara e 41 no Senado.
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