350 mil servidores federais estão em greve, segundo entidades sindicais do funcionalismo. A paralisação já dura dois meses.
Em mais uma semana de queda de braço entre a presidente Dilma Rousseff e servidores federais em greve, o governo tenta conter a ampliação do movimento para setores estratégicos, como a Polícia Federal e a Receita. E poderá fazer novas propostas a algumas categorias nos próximos dias, segundo fontes governamentais ouvidas pela reportagem. A greve do funcionalismo federal, que atinge 350 mil servidores, já dura dois meses.
Ontem, o Planalto apresentou uma nova proposta para os professores universitários (leia mais na página 5). Especula-se que militares de baixa patente também seriam contemplados com proposta de reajuste. Dilma considera essas categorias as mais defasadas e que precisariam de aumento mais urgentemente. Segundo fontes do Planalto, a presidente descarta ampliar para outras categorias reajuste como o oferecido aos professores de 25% a 45%.
O desafio do Planalto é resistir à pressão por aumento de gastos diante do cenário externo adverso e a desaceleração da economia, que podem ameaçar o esforço fiscal. Categorias como Vigilância Sanitária, também em greve, e Receita Federal, que iniciou operação-padrão em portos, já afetam a entrada e saída de produtos do país. Servidores de diversos ministérios, agências reguladoras e Eletrobras também estão parados.
Judiciário
Outra fonte de pressão vem do Judiciário. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, tem tentado convencer Dilma sobre a necessidade de reajustar os vencimentos dos servidores da Justiça. A proposta do STF prevê reajuste médio de 36%, podendo chegar a 56% em alguns casos, com impacto de R$ 7,8 bilhões anuais. A presidente anteontem negou o pedido de Britto. Mas ele espera encontrar-se com Dilma novamente nos próximos dias para negociar um reajuste.
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