A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta quarta-feira (23) que o Palácio do Planalto "não tem preferência" por nenhum dos candidatos que disputam a presidência da Câmara e do Senado.
"O Planalto não tem preferência (por candidatos) porque a preferência nossa é que eles escolham e a gente possa continuar tendo essa relação produtiva, benéfica para o País que tivemos ao longo desses últimos dois anos", afirmou Ideli.
Indagada sobre as denúncias envolvendo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Ideli disse que a deliberação da presidência das duas casas é autônoma do Congresso Nacional.
"A deliberação da presidência e mesa é uma deliberação autônoma, soberana do Congresso Nacional. Estamos apenas acompanhando e respeitaremos como sempre a deliberação soberana dos deputados e senadores. Não há qualquer comentário. A deliberação é soberana do Congresso", enfatizou a ministra, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Conforme informou nesta quarta-feira o jornal O Estado de S.Paulo, a combinação de influência na Caixa Econômica Federal e o comando político de 80% dos municípios alagoanos fez de Renan Calheiros, favorito para assumir o controle do Senado, o "midas" do programa Minha Casa, Minha Vida em Alagoas. A Construtora Uchôa, do irmão de Tito Uchôa, apontado como laranja do peemedebista, faturou mais de R$ 70 milhões no programa nos últimos dois anos.
Apesar da manifestação oficial de Ideli, o Planalto articula e apoia nos bastidores a indicação de Renan Calheiros e de Henrique Eduardo Alves à presidência do Senado e da Câmara, respectivamente.
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