O Ministério de Minas e Energia informou que o atual nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas já permite que o governo determine o desligamento de parte das térmicas a partir da próxima semana. Essas geradoras são mais caras e poluentes e produzem energia por meio da queima de óleo combustível e carvão, por exemplo. Desde outubro do ano passado, todas essas usinas foram acionadas, uma vez que a seca prolongada afetou o abastecimento das hidrelétricas. A escassez de água poderia comprometer a segurança do sistema elétrico brasileiro.
Em entrevista ao portal `G1", o ministro Edison Lobão disse que o esperado era chegar ao final do período chuvoso com 50% a 55% de armazenamento nos reservatórios na região Sudeste/Centro-Oeste.
Entretanto, esse nível está em 63%. Isso permite que o desligamento dessas térmicas possa ser discutido na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que ocorre na próxima quinta-feira. Esse desligamento, porém, não deve ser total. Algumas dessas térmicas devem continuar operando pelos próximos meses.
A simples redução já representa economia para consumidores, que pagam pelo uso dessas usinas no momento do reajuste das tarifas elétricas, que é feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) uma vez por ano.
No começo do ano, o governo precisou lançar mão de medidas que reduzem o impacto desses custos sobre as distribuidoras de energia. São elas as que assumem o custo adicional das termelétricas mês a mês, antes de serem ressarcidas pelos consumidores. A estratégia adotada envolve o parcelamento dessa conta em cinco parcelas, uma a cada ano e inclui no rateio desta conta, além dos consumidores, os comercializadores e geradores de energia.