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Reunião entre a presidente e o petista durou cinco horas: PMDB foi um dos principais assuntos | Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Reunião entre a presidente e o petista durou cinco horas: PMDB foi um dos principais assuntos| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Impasse no Rio

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), ocupou ontem parte da manhã e do horário do almoço da presidente Dilma. O peemedebista estava acompanhado do seu vice e possível candidato do PMDB à sucessão estadual, Luiz Fernando Pezão, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). O tema da conversa não foi divulgado. O comando do PMDB, porém, pretende intensificar a pressão sobre o Planalto para forçar o PT nacional a intervir e impedir que Lindbergh Farias (PT) seja candidato a governador em chapa rival à de Pezão.

Para conter a irritação no PMDB, que poderá ficar com espaço menor no governo depois da reforma ministerial, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula discutiram na última segunda-feira, no Palácio da Alvorada, uma fórmula para vincular a troca na Esplanada à formação dos palanques regionais nas eleições de outubro. Em reunião que durou cinco horas, Dilma e Lula definiram como estratégia tentar convencer o PMDB a se conformar com o "prejuízo" na reforma em troca do apoio de Dilma a seus candidatos nos estados.

A presidente se comprometerá a ir a palanques do PMDB onde haverá mais de um candidato da base aliada, como no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará – em alguns casos, podendo disputar inclusive contra nomes do PT.

Na reunião de segunda-feira, Dilma e Lula só avançaram na substituição nos principais ministérios ocupados pelo PT: Casa Civil, Educação e Saúde. A maior dificuldade para fechar a reforma ministerial, que deverá ser anunciada no final do mês, é oferecer espaço ao PMDB e, ao mesmo tempo, agregar os novos aliados PTB, Pros e PSD – a vaga na Esplanada deve ter como contrapartida o apoio formal à reeleição. Pelo menos nove ministros devem deixar o governo para disputar as eleições de outubro.

O principal nó da reforma é o PMDB, que dava como certo que emplacaria o senador Vital do Rêgo (PB) no Ministério da Integração Nacional. Mas o vice-presidente da República e presidente do partido, Michel Temer, foi informado pela própria Dilma que isso não acontecerá. O PMDB ainda deve perder o Ministério do Turismo para o PTB.

Os peemedebistas não aceitam como compensação o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Depois da rebelião ensaiada pelo PMDB, a presidente disse a Temer que deve dar outra pasta ao partido. Por exclusão, os peemedebistas presumem que será Portos ou Ciência e Tecnologia. Esta última não lhes agrada.

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