Dentro do governo existe a avaliação de que o crescimento da candidatura de Dilma Rousseff poderá ser influenciado pela evolução da crise econômica internacional. Até agora, os efeitos da crise sobre a economia brasileira não provocaram estragos na avaliação extremamente positiva do governo e do presidente Lula.
O problema é que o Planalto sabe que um eventual agravamento desse cenário internacional tende a provocar efeitos mais pesados sobre o Brasil, desgastando o governo. Auxiliares do presidente lembram que diante do quadro externo não há como evitar que ocorra crescimento de desemprego. O que Lula quer evitar é que esses indicadores se tornem tão graves que contaminem negativamente a imagem do governo e, por tabela, da própria Dilma. Mais: quer impedir que a bandeira do desemprego se torne um mote de campanha da oposição contra o governo e a ministra.
Postos de trabalho
Além de incentivar a conversa de sindicatos com patrões para negociar a flexibilização de vantagens trabalhistas em troca de preservação de postos de trabalhos, o governo decidiu ampliar o alcance do seguro-desemprego. Na quarta-feira, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou que os trabalhadores que forem demitidos no período da crise econômica (a partir de dezembro de 2008) terão direito ao seguro-desemprego por um período de cinco a sete meses. Antes, o benefício era aplicado por três a cinco meses.
Diante desse cenário de dificuldades, o governo avalia que 2009 poderá até ser mais um ano de crescimento econômico minguado sem grande prejuízo para a campanha da ministra. Mas desde que aponte para uma recuperação em 2010. O governo sabe que se a crise se arrastar por um período muito longo dificilmente terá como barrar a força de uma campanha da oposição, ainda mais considerando a vantajosa situação apresentada pelo tucano José Serra nas pesquisas de intenção de voto.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Toffoli se prepara para varrer publicações polêmicas da internet; acompanhe o Sem Rodeios
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Brasil cai em ranking global de competitividade no primeiro ano de Lula
Deixe sua opinião