• Carregando...

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o Brasil precisa criar um modelo de gestão unificada para enfrentar momentos graves de crise como ocorreu nos Estados Unidos por conta do acidente da BP no Golfo do México.

"Hoje é do tipo cada um cuida do seu pedaço. Cada um no seu quadrado" disse a ministra, que confirmou para setembro a apresentação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva do decreto sobre o Plano Nacional de Contingência, focado na área de petróleo e gás.

A ministra viajou ao Rio de Janeiro na sexta-feira para assistir a apresentação feita na Petrobras pelo engenheiro Ian Hernadez, diretor técnico de uma empresa especializada em gestão de crises nos Estados Unidos, sobre os conhecimentos e experiências adquiridas com o acidente da BP, nos aspectos de logística, comunicação, transparência, apoio jurídico, entre outros assuntos.

Para a ministra, que falou com a imprensa na saída do encontro, a maior lição foi ver a importância da criação de um modelo de gestão unificada, o que estará incluído do Plano Nacional de Contingência que será apresentado a Lula.

"Acidente gera estresse, novas avaliações e procedimentos. Temos que mudar nossa cultura. Não devemos ter uma única instituição à frente do processo de resposta. É preciso uma responsabilidade conjunta e uma gestão unificada", afirmou a ministra.

Ela destacou que os planos de contingência de acidentes que existem no Brasil são apenas regionais e setorizados.

A ministra afirmou que o Plano de Contingência americana previa, por exemplo, levantamentos de atividades econômicas de cada região para se estimar valores de indenizações a serem pagas pela BP; centros de recuperação de animais, planos de mobilização de emergência para servidores e voluntários envolvidos no combate ao acidente.

Além disso, o plano norte-americano contém mapeamento de áreas protegidas e sensíveis, além de outras medidas que precisaram ser criadas e adotadas no curso da ação contra o vazamento de óleo.

"O acidente nos mostra a necessidade de uma mobilização nacional com abrangência também internacional, com interlocução entre governos, o que não estava previsto nem lá. Nem tudo estava pronto nos EUA e eles também tiveram que aprender" finalizou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]