Para a maioria das pessoas que acompanha ao vivo os quatro últimos dias de julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Cravinhos, os três devem ser condenados nesta sexta-feira. Para essas pessoas, testemunhas e provas levadas ao plenário do júri mostram que os três acusados tiveram participação ativa na morte do casal Marísia e Manfred von Richthofen.
- Acredito que Suzane arquitetou sim o plano. Para mim, a versão da primeira reconstituição é a mais próxima da verdade. Ela foi a mentora intelectual da morte dos pais - diz Andréa Tarabay, funcionária pública que conseguiu uma senha ao se cadastrar no site do Tribunal de Justiça na véspera do sorteio.
Para Andréa, o que mais chamou atenção nos quatro dias do julgamento foi o comportamento dos réus.
- Suzane é fria e distante, como se não estivesse sendo julgada. Já os irmãos Cravinhos, parecem que se arrependeram - afirma Andréa.
Segundo ela, o que mais reforça a tese de arrependimento deles é o fato de Cristian ter confessado o assassinato para a namorada antes mesmo de a participação dele vir à tona e ser descoberta pela polícia.
Essa versão foi confirmada pelo oficial de Justiça Hélio Artesi, pai de Ana Carolina, então namorada de Cristian, em seu depoimento.
Andrey Kanikovas Silva, estudante de direito também sorteado, tem a mesma opinião de Andréa. Segundo ele, é irritante o fato de Suzane rir no Tribunal e depois abaixar a cabeça para disfarçar, especialmente durante as intervenções de seu defensor, o advogado Mauro Nacif.
- Ela seduziu os dois irmãos e acredito que até mesmo usou as histórias de agressão contadas pelos Cravinhos para os ludibriar. Mas não acredito em arrependimento de nenhum dos três. Os dois irmãos estão com remorso por verem a mãe e o pai neste estado - disse Andrey.
O estudante de direito também se surpreendeu com o testemunho de Andreas von Richthofen.
- A história de coação e da pressão psicológica foram bem verdadeiras. Ele era um menino na época e era difícil para ele discernir os atos da irmã mais velha - afirma Andrey, que acrescentou que a tentativa de Suzane de renunciar à herança deixada pelos pais deveria ter sido antes, não no momento do júri.
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