Era para ser mais uma mesa-redonda para discutir o papel da mulher na política, mas na prática virou uma espécie de comício, em pleno Fórum Social Mundial, em Belém, no Pará. Assim que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, adentrou o palco, apresentada como uma das debatedoras, os petistas que lotavam o auditório entoaram o jingle da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, agora com outro nome: "Olê, olê, olê, olá... Dilma, Dilma" E imediatamente engataram outro refrão de campanhas petistas: "Brasil! Urgente! Dilma presidente!"
O tema do debate, promovido pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, não poderia ser mais apropriado para a ministra, apontada como a preferida de Lula para sucedê-lo na Presidência. Logo na abertura, a governadora paraense Ana Julia Carepa, primeira mulher eleita para a chefia de um Estado sob a sigla do PT, saudou: "Estamos chegando a um momento muito importante da nossa República, o momento de termos uma mulher na Presidência".
Depois do debate, durante entrevista coletiva, Dilma respondeu se considera que o País está preparado para eleger uma mulher presidente. Disse que o povo brasileiro está preparado tanto para eleger uma mulher quanto um negro ou um índio. Antes da entrevista, ao discursar para a plateia, ela já havia dito que "nosso País é tão democrático que um torneiro mecânico chegou à Presidência".
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