A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acaba de enviar uma carta a todos os bispos para esclarecer que não é responsável pelo plebiscito sobre limites da propriedade rural no país. A iniciativa foi tomada logo após o candidato do PSol, Plínio de Arruda Sampaio (foto), ter divulgado no horário de propaganda eleitoral gratuita que os bispos brasileiros querem delimitar o tamanho da propriedade. O chamado plebiscito popular pelo limite da propriedade da terra no Brasil está marcado para 7 de setembro. Na carta, a presidência da CNBB afirma que a iniciativa não é dela, mas sim do Fórum Nacional pela Reforma Agrária, que reúne cerca de 40 organizações e movimentos, entre os quais o Movimento dos Sem Terra (MST). Também faz parte a Comissão Pastoral da Terra (CPT). "Não é, portanto, iniciativa da CNBB, nem será realizada sob sua responsabilidade", diz a carta enviada aos bispos.
Aliás...
A Comissão Pastoral da Terra e outras pastorais sociais vinculadas à CNBB apoiam o plebiscito, que está de acordo com orientações gerais da Igreja no Brasil sobre a questão da terra. Isso não significa que todos os bispos devam apoiar. A principal preocupação da carta parece ter sido justamente reafirmar que eles têm poder para definir como o assunto deve ser encaminhado em cada diocese.
Protesto
Humoristas de várias partes do país se reúnem hoje para uma passeata em Copacabana, no Rio de Janeiro. Eles protestam contra a legislação eleitoral brasileira, que restringe as brincadeiras com políticos durante a campanha.
Sem resposta
Depois da eleição do próximo presidente da República, FHC e Lula vão parar de falar mal um do outro?
Campanha
A Câmara e o Senado produziram com dinheiro público uma peça publicitária que estimula os eleitores a votarem nos deputados federais e senadores nas eleições de outubro. Além da publicidade veiculada pelo TSE, as emissoras de rádio e tevê das duas Casas vão transmitir a propaganda intitulada de Seu Voto Faz o Congresso Nacional. O Senado, responsável pela coordenação da campanha, não divulgou o total de gastos. A Casa argumenta que a peça foi produzida integralmente por servidores, por isso não há desembolso além do previsto no orçamento do Congresso.
Reciclagem
Gleisi Hoffmann (PT, foto) reciclou em sua campanha para o Senado uma frase repetida à exaustão pelo presidente norte-americano Barack Obama. "Há mais coisas que nos unem do que coisas que nos separam", disse ela no horário eleitoral gratuito. Obama usou a frase para tentar unir os partidos Republicano e Democrata em torno de alguns temas fundamentais. Não funcionou.
Por sinal
A TV Sinal, da Assembleia Legislativa, grava amanhã a última entrevista da série com os candidatos ao governo do estado. O entrevistado será Paulo Salamuni (PV). O programa vai ao ar sempre às quintas-feiras. No mês que vem, irão ao ar as entrevistas com os candidatos ao Senado.
Só trabalho
Um projeto do deputado Roberto Britto (PP-BA) que tramita em Brasília tenta proibir os servidores públicos de usarem contas de e-mail do trabalho para fins particulares. De acordo com o parlamentar, mensagens pessoais sobrecarregam o endereço eletrônico das instituições, além de, eventualmente, veicular conteúdos impróprios ou alheios ao trabalho. Isso, segundo Britto, compromete a imagem dos órgãos públicos junto à população.
Pinga-fogo
"Não sei por que tanta polêmica em torno desse assunto. Não mostrei nenhuma inverdade. Não fiz nenhuma ilegalidade. A minha presença ao lado do presidente só mostra que nunca tive problemas em trabalhar com ele, apesar de ser de um partido oposicionista."
José Serra, candidato do PSDB à Presidência, justificando o uso da imagem de Lula nas propagandas políticas tucanas.
Colaborou Rogerio Waldrigues Galindo.