Jorge Yamawaki (PSDB) não viu indícios para afastamento definitivo de Derosso do cargo| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O relatório do vereador Jorge Yamawaki (PSDB) foi elogiado por boa parte dos líderes partidários da Câmara de Curitiba. Caso seja acatado pelo Conselho de Ética, existe grande probabilidade de o afastamento do presidente João Cláudio Derosso (PSDB) ser aprovado em plenário. Relator das denúncias de irregularidades feitas ao Conselho envolvendo a contratação da empresa Oficina da Notícia pela Câmara, Yamawa­­ki indicou o afastamento temporário de Derosso – segunda punição mais pesada, entre as sanções possíveis.

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Segundo o líder do PSDB, Emerson Prado, uma posição partidária só será tomada na manhã de hoje. Entretanto, o vereador acredita que, por ser de Yamawaki, o relatório deve ser coerente com a posição do partido. "Desde o princípio fomos a favor da apuração das denúncias, em nenhum momento o partido vai prevaricar", comenta o vereador. Prado ressalva, entretanto, que não é possível prever a análise que será feita pelos demais vereadores do partido.

O líder do PMDB e da oposição, o vereador Algaci Túlio, admite que, caso o pedido de cassação não prospere, a bancada deve votar a favor do afastamento. Entretanto, ele avalia que o relatório não acompanha os interesses da oposição, já que outros pedidos de afastamento (propostos por ele próprio e pela vereadora Renata Bueno, do PPS) devem ser votados. O PT deve ter posição parecida.

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Líder do PV, o vereador Paulo Salamuni acredita que, pelas condições políticas da Câmara, Yamawaki "saiu-se bem" ao sugerir o afastamento de Derosso. Entretanto, o vereador pontua que o relatório não chega a ser suficiente. "Ele deu uma resposta muito positiva para a sociedade. Entretanto, questões fulcrais não foram tocadas e elas só poderão ser analisadas pela CPI", comenta o vereador. Salamuni adianta que deve votar pelo afastamento, caso vá a plenário.

PPS e PDT esperam por definições do partido antes de dar uma posição oficial. Entretanto, para o líder do PDT, Tito Zeglin, o partido deve ser favorável ao afastamento. "Acredito que a tendência do partido seja essa [votar pelo afastamento], mas não quero assumir nenhum compromisso antes de conversar com o Jairo [Mar­­­celino] e com o [Roberto] Hinça", afirma. Os pedetistas devem se reunir nesta manhã.

A reportagem tentou entrar em contato com as lideranças do DEM, Julieta Reis, do PSB, Dona Lourdes, e do PP, Aldemir Manfron, mas não obteve resposta.