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O PMDB começa a travar uma disputa interna para decidir quem será o próximo presidente da Assembléia Legislativa no lugar de Hermas Brandão (PSDB). A eleição será no dia 2 de fevereiro, mas as articulações começam oficialmente já na próxima terça-feira, quando os 17 deputados estaduais eleitos do partido se reúnem, às 10 horas, na sede do PMDB em Curitiba, para começar a buscar um entendimento.

Três nomes se apresentam como pré-candidatos: o primeiro-secretário da Assembléia, Nereu Moura, o ex-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, e o líder da bancada, Antônio Anibelli. O deputado mais votado na última eleição, Alexandre Curi, e o ex-superintendente da Cohapar, Luiz Cláudio Romanelli, também podem tentar a indicação do partido.

O PMDB – partido de Roberto Requião – não abre mão de indicar o próximo presidente. "Elegemos a maior bancada e o governador. O PMDB tem direito legítimo de presidir a Casa e condições para isso", disse Nereu Moura.

Segundo peemedebistas, o governador não vai interferir na escolha do nome. A tarefa não vai ser fácil. Cada candidato defende um critério para a indicação. Para Nereu Moura, o presidente tem de ser "ponderado" e manter a independência, mesmo sendo aliado do governador. "A Assembléia não pode ser de um partido político. A nova mesa tem de ser suprapartidária", afirmou. Ele defende a participação do PSDB e do PT nos cargos de primeiro e segundo secretários.

Anibelli defende que o PMDB tem de escolher um deputado que represente lealdade ao governador e independência do Legislativo. "Tem de ser alguém que mereça credibilidadade, que não mude de postura às vésperas da eleição", disse. Anibelli garante que só aceita disputar se for indicado por unanimidade.

Para Caíto Quintana, ainda é cedo para discutir a eleição da Mesa Executiva e todas as costuras que estão sendo feitas agora podem mudar até fevereiro. "Cada um está jogando a tarrafa para ver o que pesca", afirmou.

O deputado eleito Luiz Cláudio Romanelli passou a tarde de ontem na Assembléia conversando com os aliados. Sinalizou que está no páreo, mas não quer confronto. "Não coloco nem descoloco meu nome." A decisão tem de ser tomada, segundo Romanelli, em conjunto com deputados de partidos que apoiaram a reeleição do governador Roberto Requião, como o PT, PV, PTB e "a parte saudável" do PSDB, referindo-se aos sete dos nove parlamentares tucanos que estão com o governo.

Articulado e com bom trânsito na situação e na oposição, o deputado Alexandre Curi ganhou força política ao ser reeleito como campeão de votos, mas garante que não está trabalhando pela presidência. "Estou no estilo Aníbal Khury, ouvindo muito e falando pouco", disse ele, referindo-se ao avô, o ex-presidente da Casa que morreu em 1999.

O líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), fez até piada com a guerra que será travada no grupo adversário para tirar um nome: "Vamos dar uma metralhadora para cada um. Quem sobrar vivo será o candidato".

A oposição reconhece que não teria voto suficiente entre os 54 parlamentares para tirar o comando da Assembléia das mãos do PMDB e pretende compor com a bancada governista. O PSDB, segunda maior bancada, deve indicar o primeiro secretário, cargo mais importante depois da presidência. O deputado Luiz Accorsi colocou seu nome à disposição. Nélson Garcia também tem chances. Pelo PFL, Nélson Justus é cotado para a presidência da Casa.

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