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A bancada estadual do PMDB decidiu empurrar a definição do deputado que vai disputar a presidência da Assembléia Legislativa para janeiro do próximo ano. Durante reunião ontem com os 17 deputados estaduais eleitos, não foram discutidos nomes e o único consenso é de que o cargo vai ficar com o partido. Além dos deputados Nereu Moura, Antônio Anibelli, Caíto Quintana e Luiz Cláudio Romanelli, outros dois entraram na disputa: Dobrandino da Silva, que é presidente do partido e o eleito Waldyr Pugliesi.

Com tanta gente querendo ser presidente no lugar de Hermas Brandão (PSDB), o PMDB vai precisar de muita discussão para evitar bate-chapa entre os candidatos. "Vamos brigar para ficar com a presidência da Assembléia, mas não vai ter disputa interna", diz Dobrandino da Silva.

A eleição da mesa executiva está marcada para o dia 1.° de fevereiro, logo após a sessão de posse dos deputados eleitos.

Para o líder do PMDB, Antônio Anibelli, quem tiver unanimidade no partido e apoio da oposição será candidato.

O presidente da Assembléia, Hermas Brandão, reafirmou ontem que não vai se envolver nessa briga porque todos os candidatos são seus amigos. O governador Roberto Requião (PMDB) também não pretende interferir. "Requião tem declarado que qualquer deputado da base aliada pode ser presidente da Casa", diz Hermas.

De fora do PMDB, o único candidato é o pefelista Nelson Justus, que se encaixa no perfil descrito pelo governador. Faz parte da base aliada na Assembléia e trabalhou na campanha de Requião contrariando a decisão do PFL, que fechou com Osmar Dias (PDT) na eleição ao governo.

Para Justus, o PMDB tem direito a pleitear, mas a decisão não deve ser só da bancada. "Tem que combinar com o resto. Não se pode partidarizar a mesa executiva".

Dos candidatos, Justus e Anibelli já presidiram a Assembléia. Nereu Moura tem experiência administrativa como primeiro-secretário. Correndo por fora está ainda o deputado mais votado do Paraná, Alexandre Curi (PMDB), que não anunciou sua candidatura, mas tem chances por ser da confiança do governador e ter trânsito político na situação e na oposição.

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