O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ameaçou nesta terça-feira (2) trabalhar para tirar o comando da Corregedoria do PSD caso o partido vença a disputa pelo controle do Conselho de Ética da Casa.

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O conselho se reúne na tarde desta terça para eleger presidente e vice-presidente. O órgão é responsável por avaliar denúncias contra parlamentares e neste ano pode ter que avaliar o caso dos quatro deputados condenados no mensalão.

No arranjo de cargos costurado pelo PMDB para a eleição do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o PDT teria optado pelo controle do Conselho Ética. O indicado pelo partido para a vaga é o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).

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Alves prometeu para Átila Lins (PSD-AM) a Corregedoria. O deputado Ricardo Izar (PSD-SP), no entanto, decidiu também se lançar como candidato ao posto no conselho.

"É um acordo de partidos. Não tem sentido, o PSD não vai ficar com a Corregedoria e o Conselho de Ética. Se o PSD ganhar na disputa avulsa o Conselho de Ética, vai perder a Corregedoria. Não vamos aceitar. Acordo é acordo", disse Cunha, já antecipando uma possível manobra.

Izar disse que se candidatou porque não há tradição de acordos para a presidência do Conselho de Ética. "Acordos levariam influência partidária ao colegiado, que precisa ser o mais isento possível. Tenho apoio para vencer a eleição", disse.

O deputado do PSD é filho e homônimo do deputado que comandou o órgão quando veio à tona o mensalão. Marcos Rogério, que mantém a sua candidatura, afirmou que só vai se pronunciar sobre o assunto depois de concluída a votação.