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O ex-deputado federal José Borba deve permanecer na legenda do PMDB para uma possível disputa eleitoral no próximo ano. Os peemedebistas paranaenses não têm pressa para decidir a situação de Borba, que renunciou ao mandato de deputado federal, na segunda-feira, para não sofrer o processo de cassação, acusado de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara Federal. Até quarta-feira o diretório paranaense vai discutir a situação de Borba, mas não deve ser aberto processo de expulsão contra o ex-deputado federal do partido.

José Borba integra a lista elaborada pelas CPMIs dos Correios e do Mensalão com 19 parlamentares acusados de envolvimento em irregularidades. Eles são apontados como beneficiários do esquema operado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, de distribuição de dinheiro a parlamentares. Renunciando, Borba não corre o risco de perder direitos políticos pelos próximos oito anos, no caso de decisão pela cassação do mandato. Pode, inclusive, ser candidato em 2006.

Borba ocupou por três vezes a valorizada função de líder do PMDB na Câmara Federal e interrompeu seu terceiro mandato de deputado federal. Elegeu-se em 2002 com 105.302 votos.

Na terça-feira, o presidente do diretório estadual do PMDB, Dobrandino Silva, disse que o ex-parlamentar poderia perder a legenda, mas ontem amenizou o discurso. "Deve ser decidido na convenção. Não há processo de expulsão dele do partido e só haverá se alguém fizer denúncia", disse Dobrandino. A decisão sobre candidatura de Borba, ficaria para os delegados da convenção partidária que vai definir os nomes para a chapa do partido pela disputa parlamentar. "Acho muito difícil o nome dele passar na convenção", disse.

Depois da renúncia, Borba não conversou com ninguém da direção do partido no estado. "Ele sempre se reportou ao diretório nacional. Na verdade o único deputado federal que dialoga com a direção estadual é o Max Rosenmann", disse o deputado estadual Antônio Anibelli, que não acredita que Borba queira ser candidato no próximo ano. "Temos que respeitar o silêncio dele. Por mais culpado que seja, quem vai julgar é a história", diz Anibelli.

O vice-governador Orlando Pessuti acha que o partido não deve tomar nenhuma atitude contra o ex-deputado. "Deixa ele quieto no canto dele. Se quiser disputar, deixa que o eleitor vai decidir se ele deve, ou não, ser eleito", disse Pessuti.

Se optar por outro partido, Borba não poderá concorrer nas eleições do próximo ano, já que o prazo para filiação prevista no calendário eleitoral encerrou-se dia 30 de setembro.

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