As eleições de 2018 ainda estão distantes, mas os peemedebistas já ensaiam o lançamento da candidatura do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, à Presidência da República. O governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, por exemplo, deu mais um passo em defesa da candidatura própria do partido, que defende há tempos, e disse apostar que a Olimpíada de 2016 credenciará Paes para a disputa.
Durante a inauguração de uma escolinha de Tênis no Parque Ecológico da Rocinha, na última sexta-feira, Pezão enfatizou que o partido precisa passar a ter protagonismo na política nacional, e uma candidatura própria consolidaria esse projeto. "Acredito muito no nome do Eduardo Paes, principalmente com a projeção nacional e internacional que ele terá com as Olimpíadas de 2016. O legado e a visibilidade da cidade e do país serão muito grandes. Acho que o PMDB tem que ter um candidato próprio", disse.
Em clima de carnaval, entretanto, Eduardo Paes preferiu se esquivar da discussão política. "O governador disse isso porque é meu amigo e quis me agradar. Eu sou candidato a ser o melhor prefeito dessa cidade", disse, durante a cerimônia que deu início ao carnaval do Rio.
Candidatura própria
No PMDB do Rio, a avaliação é de que o nome de Paes é o único com capital político para assumir a disputa. E Pezão avalia ainda que há um esforço para aparar as arestas e retomar a aliança entre PT e PMDB tanto no âmbito nacional como no estadual. Numa reunião na última quarta-feira, ele, Paes, o ex-presidente Lula e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral teriam discutido uma reaproximação entre os partidos. "Temos feito essas conversas com o PT para que a gente possa manter a aliança. A gente viu o mal que o PT fez em ter rompido a aliança com o PMDB no governo do estado", afirmou Pezão.
De acordo com alguns peemedebistas, o presidente em exercício do partido, senador Valdir Raupp (RO), foi o primeiro a falar no nome do prefeito como pré-candidato em 2018. A discussão sobre candidatura própria na sigla não é nova. Em toda eleição, desde 1989, quando Ulysses Guimarães ficou apenas com 4,4% dos votos válidos, o assunto volta à tona. A última candidatura própria, porém, ocorreu em 1994, com Orestes Quércia obtendo os mesmos 4,4% de Ulysses.
"Embora ainda seja um pouco cedo para tratar do assunto, não se prepara uma candidatura da noite para o dia. O Eduardo Paes é um nome interessante", disse Raupp. O senador afirmou, no entanto, que para tornar o prefeito do Rio um nome com alguma chance em 2018 é preciso torná-lo uma expressão nacional. "Tem que torná-lo conhecido nacionalmente. Depois das Olimpíadas, ele precisa fazer um giro pelo Brasil", declarou.
Novo líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ) confirmou que boa parte do partido cita o nome de Paes como possível candidato. "Ele tem boas condições. Vem muito bem avaliado na administração que está fazendo e a expectativa é que termine o mandato ainda melhor. Há tempo para torná-lo conhecido", avaliou.
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