Pressionada pela ala que defende a candidatura própria do PMDB, a Executiva Nacional do PMDB se reunirá amanhã à tarde para examinar a inscrição da candidatura à Presidência da República do ex-governador do Paraná, Roberto Requião. A medida entra em choque com o edital de convocação do partido, já distribuído, que convoca os filiados para "aprovar" neste sábado (12) o nome do presidente do PMDB, Michel Temer, como candidato a vice-presidente na chapa da chapa da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. E resulta da pressão feita por Requião e por parlamentares que apoiam seu nome, como o senador Pedro Simon e o deputado Darcisio Perondi, ambos do PMDB.
Reunidos nesta quinta-feira (10) na presidência do PMDB, juntamente com o presidente de honra, o ex-deputado Paes de Andrade, sem a presença de Temer, que está em São Paulo, eles anunciaram que recorrerão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se a Executiva deixar de fora da cédula a candidatura própria do partido. Requião afirma ter o apoio dos diretórios de seu Estado, de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e possivelmente de São Paulo, com o qual informou que não tem "conversado" ultimamente.
"A convenção estará violentada se não lançar um candidato do partido", avalia o ex-governador. Qualquer que seja a decisão de amanhã da Executiva, ele disse que vai comparecer e defender na convenção o apoio a um programa de governo do PMDB, diferente do que está em vigor, que - segundo ele - "é bem inferior ao do PT, já que puxa pela direita". "Vou comparecer e falar, a não ser que, além de me negarem a inscrição, queiram também me negar a palavra".
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