Um dos principais focos de tensão entre PMDB e PT, o embate entre as possíveis candidaturas ao governo de Minas Gerais do senador Hélio Costa (PMDB) e Fernando Pimentel (PT) não conseguiria sozinho atrapalhar a formação de uma aliança nacional dos dois partidos.

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Peemedebistas do Maranhão e Pará, que também têm dificuldades nas negociações com os petistas, dizem que não votarão contra a união das siglas na convenção nacional do partido, no encontro agendado para o dia 12.

Os delegados peemedebistas ligados a Costa, ex-ministro das Comunicações, ameaçam votar contra a coligação entre PT e PMDB caso o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel não desista de disputar o governo de Minas Gerais. Pimentel também participa da coordenação da campanha à Presidência de Dilma Rousseff (PT).

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No entanto, o movimento parece não ter eco em outros Estados. Dirigentes do PMDB do Pará e do Maranhão disseram que não pretendem aderir à iniciativa.

"O compromisso do PMDB com a Dilma Rousseff não depende em nada da questão do PT do Maranhão", afirmou à Reuters o presidente em exercício do PMDB maranhense, Remi Ribeiro Oliveira.

"Não tem nada a ver. A discussão nacional não passa pelo Estado. Não há pretensões de ameaças. Temos a consciência política aqui de como as coisas têm que ser feitas."

A maior tendência é que, durante a convenção nacional, o PMDB aprove a aliança nacional com o PT e a indicação do presidente do partido e da Câmara, deputado Michel Temer (SP), para ocupar a vaga de vice na chapa liderada por Dilma.

Remi Ribeiro Oliveira disse ainda esperar pela participação de Dilma na campanha da governadora Roseana Sarney (PMDB) à reeleição, apesar de o PT do Maranhão insistir em apoiar o deputado Flávio Dino (PCdoB).

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"Toda a nossa campanha de palanque será Dilma com o PMDB", destacou.

Postura semelhante têm os peemedebistas do Pará, onde a governadora Ana Júlia Carepa (PT) e o deputado Jader Barbalho (PMDB) não chegaram a um acordo.

"A questão nacional não se mistura com a questão do Pará. O PMDB do Pará vai acompanhar o presidente Lula e a candidata do presidente Lula", sublinhou José Benedito Priante Júnior, segundo vice-presidente do PMDB paraense e cotado para ser o candidato do partido ao governo estadual.

"Estamos assinados com o presidente Temer... o problema aqui (no Pará) é de relacionamento."

Em Minas Gerais, entretanto, a situação é distinta. Para evitar um cenário extremo, PT e PMDB decidiram que definirão um candidato comum baseados em pesquisas sobre o desempenho dos dois pré-candidatos. A decisão está agendada para o domingo.

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"Eles não têm porque esticar a corda, primeiro porque há um projeto nacional em jogo", argumentou o presidente do PMDB mineiro, deputado Antônio Andrade.

Com 69 dos 803 votos na convenção nacional, o PMDB mineiro tem a segunda maior bancada, atrás apenas dos delegados do Rio de Janeiro (80 votos).

Se decidirem abandonar a pré-candidatura de Dilma, os aliados de Costa poderão se juntar aos peemedebistas que já apoiam a candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência, como os representantes de São Paulo e Pernambuco. Aliados do presidente do partido, entretanto, não veem risco real nas ameaças e tampouco temem um revés na convenção nacional.

"O clima está mais calmo. Há a necessidade de um diálogo sobre Minas Gerais, mas o PT tem dito que o caminho será pelo Hélio", disse uma fonte da cúpula peemedebista.

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