É competência das direções nacional e municipais do PMDB decidir sobre possíveis processos judiciais para pedir a devolução do mandato de parlamentares que deixaram a legenda depois de 27 de março, data definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como limite legal para o troca-troca partidário. Esta foi a decisão delegada pelo partido na reunião da executiva estadual realizada na segunda-feira (8).
O presidente estadual do PMDB, deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, disse que é a executiva nacional que deve decidir o que fazer com relação ao deputado federal Hidekazu Takayama, campeão de mudança de partido na Câmara Federal. Ele deixou o PMDB, foi para o PAN e depois para o PRB. Já o caso dos vereadores "infiéis" deverá ser discutido pelos diretórios municipais. A executiva estadual entendeu que só poderia decidir sobre possíveis processos contra deputados estaduais. No entanto, nenhum parlamentar do PMDB na Assembléia saiu do partido.
A "infidelidade" ainda deve provocar muita discussão interna no PMDB paranaense, sobretudo no caso dos vereadores. Para o presidente do Conselho Político do PMDB de Curitiba, Alexandre Curi, os casos dos vereadores que deixaram a legenda devem ser discutidos de forma individual.
PP E PTB
Já no PP e PTB a tendência é de não pedir os mandatos dos vereadores da capital. Com isso, Mestre Déa, que saiu do PP e foi para o PRTB, e Jair Cézar, que foi do PTB para o PSDB, devem ficar tranqüilos.
O PPS, porém, vai requisitar os mandatos dos parlamentares que saíram da legenda depois de março. "Vamos buscar na Justiça os mandatos. Estamos aguardando a resolução do procedimento, que será emitida pelo Supremo. E, em seguida, entramos com os pedidos", disse o presidente do diretório estadual, Rubens Bueno.