O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta, em uma entrevista a rádios locais no Maranhão, que o PMDB apresente uma lista tríplice de possíveis nomes para o posto de vice numa eventual chapa de Dilma Rousseff à presidência em 2010. Para o presidente, o recomendável é que a escolha seja da ministra-chefe da Casa Civil: "Primeiro eu defendo a ideia de que o vice seja dos partidos aliados. Segundo o PMDB é o maior partido aliado que compõe a base do governo", afirmou. "O correto não é nem o PMDB impor um nome forte. O correto é o PMDB discutir dentro do partido e indicar três nomes para a ministra Dilma, para que ela possa escolher".

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Para Lula, é prematura a discussão do assunto no momento. Segundo ele, isso deve acontecer a partir de março. Lula disse que candidato e vice tem de ter afinidade. "Porque é que nem casamento. Quem vai casar com o vice é a candidata. Você não pode empurrar para ela alguém que não tenha afinidade com ela". No PMDB, estão cotados para vice em uma chapa do PT à presidência, o presidente da Câmara, Michel Temer (SP) e o ministro de Minas e Energia Edison Lobão (MA).

Corrupção

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Durante 35 minutos de entrevista, Lula disse que aprendeu a ser pragmático em política e voltou a defender a aprovação rápida do projeto de lei que vai enviar ao Congresso para transformar em hediondos os crimes de corrupção passiva e ativa, peculato e concussão, tornando-os inafiançáveis, se forem praticados por autoridades. "Espero que o Congresso aprove, porque assim a sociedade começa a ter mais confiança na política".

Lula afirmou ainda que, se pudesse, faria as mudanças por meio de decreto de lei.