A bancada do PMDB pretende fechar questão contra a emenda constitucional da Assembléia que proíbe a contratação de parentes até 2.º grau em órgãos públicos. O vice-líder do governo, Vanderlei Iensen (PMDB), afirmou ontem que o governador está pressionando para votar a proposta do Executivo. "Ele não quer que a base vote essa emenda do Legislativo que tem muitas falhas e eficácia pequena porque sai o Maurício, o Eduardo (Requião) e mais ninguém", disse. Segundo Iensen, o projeto do governo proíbe o nepotismo cruzado e impede que um deputado, por exemplo, negocie a contratação de um filho no gabinete de um desembargador e vice-versa. Já a emenda da Assembléia não tem esse alcance.

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Sobre as críticas do governo a aliados, o ex-chefe de gabinete do governador disse que não há motivo para tanta polêmica. "No PMDB sempre foi assim, divergências e bate-boca. Como o evento foi público causou estranheza, mas para nós é natural" , afirmou, referindo-se à convenção do partido em Arapongas.

Para o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), o governo está fazendo uma avaliação errada desde o início ao dizer que a emenda constitucional proposta pela Assembléia é contra o Maurício Requião. "Acho que o governador absorveu uma grande pressão familiar e isso pode estar tumultuando o processo", disse.

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Se os ataques do governador fossem endereçados a deputados da oposição não teriam provocado tanto impacto político. Os governistas "humilhados" acabaram ganhando a solidariedade do restante da bancada aliada e até da oposição, que pode tirar proveito do racha da base de Requião ganhando reforço na minoritária bancada de nove deputados. (KC)