A bancada do PMDB no Senado vai se reunir na próxima terça-feira para escolher um nome que substitua a indicação do senador Gim Argello (PTB-DF) para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Com a desistência de Argello, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu que as bancadas dos partidos escolham um nome que "preencha todas as condições" para ser ministro.

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Como o PMDB é a maior bancada da Casa, e tem o apoio de Renan, o partido é que deve apresentar a nova indicação para a vaga do ministro Valmir Campelo, que se aposentou nesta semana do TCU. Líder do PMDB, o senador Eunício Oliveira (CE) afirmou que vai sugerir que a bancada indique um nome "técnico" porque considera que haverá "atritos" se surgirem novas indicações políticas, como era a de Argello. "Como o momento está atritado, vou defender que seja um técnico da Casa", afirmou Eunício. O nome cogitado até o momento é do ex-consultor jurídico do Senado Bruno Dantas. Ele trabalhou com José Sarney (PMDB-AP) durante seu mandato como presidente do Senado.

Renan ironizou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) que, após criticar a indicação de Argello, apresentou o nome do consultor de Orçamento do Senado Fernando Moutinho Bittencourt para ser indicado à vaga no TCU. O presidente do Senado disse que Rollemberg, que agora defende indicações "técnicas", no passado foi responsável por apresentar o nome da ex-deputada Ana Arraes para o tribunal. Ana Arraes é mãe do ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE), aliado do senador.

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Argello tinha o apoio de Renan, da maioria dos peemebistas e da presidente Dilma Rousseff, que negociou a indicação em meio à reforma ministerial. Embora o PTB tenha ficado sem nenhum ministério, a escolha de Argello para o TCU agradou o partido.