A iminente saída de Nelson Jobim do comando do Ministério da Defesa não surpreendeu a cúpula do PMDB. Desde esta quarta-feira, quando intensificaram os rumores da saída de Jobim, na esteira das novas declarações críticas do ministro ao governo, desta vez atingindo as ministras de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, peemedebistas consideravam que o ministro já estava fora da Esplanada. A questão era apenas saber quando ele deixaria a pasta.

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Jobim não é considerado um ministro da cota do PMDB na divisão dos cargos no governo da presidente Dilma Rousseff entre as legendas aliadas, nem está ligado à cúpula partidária. "Jobim finge que é do PMDB e o PMDB finge que ele é do partido", resumiu um peemedebista.

Setores do PMDB dizem que o partido não reivindicará a indicação do substituto de Jobim. Para o cargo, segundo afirmam, deverá ir um nome da escolha pessoal da presidente. Politicamente, um desconforto na relação da presidente com o PMDB deverá descartar a possibilidade de o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), ser convidado para o cargo. Um peemedebista disse que Dilma nutre uma desconfiança de que o PMDB conspira contra o governo dela e não daria mais poderes ao vice-presidente da República, o nomeando para a pasta.

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