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O ministro Tarso Genro, das Relações Institucionais, afirmou nesta quinta-feira em São Paulo que o PMDB está "vocacionado" a fazer parte do próximo governo, seja ele do PT ou do PSDB ou com o PT. Genro afirmou que os líderes do PT estabeleceram como meta fechar um acordo político com os peemedebistas para as eleições de outubro.

- A gente tirou uma síntese ontem (quarta-feira), em função dessas diferenças regionais que o PMDB tem, que pode ser sintetizada no seguinte: PMDB com Lula, com ou sem coligação. É com isso que a maioria dos líderes partidários está trabalhando - disse Tarso, depois de participar de um almoço-debate com o Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

O ministro voltou a dizer que o PMDB, como "maior força política" de uma eventual coalizão, teria o "direito óbvio" de indicar o vice, em uma chapa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre a possibilidade do ex-governador paulista Orestes Quércia ocupar a vaga de vice, representando os peemedebistas, ele disse que a decisão será do partido aliado

- A coalizão com o PMDB é uma questão que tem dificuldades dentro do próprio PMDB - avaliou Tarso Genro.

Ele rebateu a crítica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que a sociedade precisa de um "choque moral" após o escândalo político do ano passado.

- Essa visão de choque ético não tem nenhuma fundamentação. A ética se constrói consensualmente, no interior do estado, no interior da sociedade civil. Você tem que observar que, se existe corrupção no estado, é porque há um corruptor fora, na sociedade - ensinou, lembrando que é preciso "acumular" transformações ao longo do tempo para mudar a ética da sociedade.

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