O PMDB pretende utilizar a reforma administrativa em curso no governo para diminuir substancialmente o espaço na administração federal nas mãos do PT e, assim, tentar reduzir a margem de manobra do principal aliado para as eleições municipais de 2016.
A ideia é forçar, no debate da reforma, a diminuição de cargos ocupados por petistas na Esplanada. Com isso, o PT teria menos margem de manobra para ampliar o número de prefeitos e ameaçar a liderança peemedebista. Em 2012, o PT elegeu cerca de 630 prefeitos e o PMDB, 1.024.
Em razão disso, a presidente Dilma Rousseff está sendo e será ainda mais pressionada pelo PT para tentar evitar que esse enxugamento se concretize. Na terça-feira (15), Dilma informou que vai anunciar até quarta-feira da semana que vem a reforma.
A data escolhida tem um objetivo. Nesse dia, ela viaja para Nova York, onde discursará na abertura da Assembleia Geral da ONU. “Vou fazer junção de ministérios, vou juntar grandes órgãos do governo, reduzir DAS [cargos comissionados]. Vamos tomar uma série de medidas administrativas para enxugar a máquina e focá-la. Será uma avaliação muito estrita de tudo que temos agora, posso assegurar isso”, disse a presidente, em rápida entrevista coletiva, após cerimônia de entrega do prêmio Jovem Cientista. Dilma não adiantou quais ministérios poderão ser unidos ou extintos.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Deixe sua opinião