A cúpula do PMDB do Senado costurou um acordo com o governo para reconduzir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O maior partido da Casa, que tem 17 dos 81 senadores, já sinalizou ao Planalto que atuará para garantir a prorrogação do mandato do chefe do Ministério Público Federal por mais dois anos. O nome de Janot será submetido a votações secretas previstas para ocorrer na quarta-feira (26) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado.
A animosidade na Casa com Janot vinha desde março, com a abertura de 13 inquéritos contra senadores envolvidos na Operação Lava Jato – quatro dos quais peemedebistas, um deles o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL). No mês passado, a rejeição ao nome de Janot chegou a ser tratada como um risco real por três importantes líderes do Senado, logo após a operação de busca e apreensão avalizada pelo procurador-geral contra os senadores Fernando Collor (PTB-PE), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE).
Contudo, nas últimas semanas, peemedebistas entraram em campo para diminuir resistências.“Vai ser uma sabatina longa, dura, como devem ser todas elas, mas Janot será aprovado”, afirmou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).