O bloco do PMDB na Câmara Legislativa do Distrito Federal oficializou a retirada de Alírio Neto (PPS) da CPI da Corrupção, o que obriga o deputado a sair também da presidência da comissão. O PMDB, detentor da vaga de integrante da comissão, anunciou a indicação de Geraldo Naves, do DEM, para ocupá-la.
Já a eleição de um novo presidente da CPI - criada para investigar um esquema de corrupção supostamente comandado pelo governador José Roberto Arruda (ex-DEM) com envolvimento de deputados distritais e secretários - está marcada para quinta-feira. Naves é cotado para assumir também a presidência da comissão.
Até hoje de manhã, Alírio Neto, único deputado distrital eleito pelo PPS, fazia parte do Bloco Democrático Popular junto com os três parlamentares do PMDB, mas, pressionado pela cúpula nacional do seu partido, deixou a coligação. Neto anunciou, na quinta-feira passada, o fim da CPI da Corrupção. O PPS ameaçou levá-lo ao conselho de ética do partido e, logo depois, o deputado negou ter feito o anúncio e culpou a imprensa por um suposto mal-entendido.
Geraldo Naves também não faz parte do bloco formado pelos peemedebistas, mas foi indicado pelo bloco do PMDB porque nenhum dos três deputados deste partido podem participar da CPI, pois são citados no inquérito da Operação Caixa de Pandora como beneficiários do esquema de corrupção e não podem, por determinação da Justiça, participar das investigações.
Naves, se for eleito presidente da CPI, não deve ter problemas para atuar como aliado de Arruda, porque o diretório regional do DEM - ex-partido do governador - reafirmou apoio ao governo. O presidente do DEM regional é o vice-governador, Paulo Octavio, que também teria recebido dinheiro propina.
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