Em meio ao início das movimentações nos bastidores de partidos da base aliada que pretendem disputar a presidência da Câmara, a cúpula do PMDB começou a atuar para garantir o posto que será deixado pelo atual presidente, Marco Maia (PT-RS), em fevereiro de 2013. O primeiro ato de campanha estava previsto para a noite de ontem, quando integrantes da cúpula nacional do PT se reuniram em Brasília a convite dos peemedebistas para discutirem a aliança em torno do nome do deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder da bancada na Câmara.
O encontro foi articulado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, junto ao presidente do PT, Rui Falcão. PMDB e PT têm as duas maiores bancadas da Câmara e um acordo informal de aliança feito na época da candidatura de Marco Maia à presidência da Casa. "Será um primeiro passo de uma longa caminhada", afirmou Alves.
As eleições para a presidência da Câmara só ocorrem daqui a seis meses, mas a conquista da cadeira é uma estratégia para que os peemedebistas garantam o comando do Congresso até 2014, ano em que será disputada eleição presidencial. Além do ato político de ontem, a partir do dia 21 de agosto Alves pretende promover uma série de jantares com integrantes de outros partidos em busca de voto.
Depois das eleições municipais de outubro, os jantares darão espaço ao corpo-a-corpo "em cada um dos 512 gabinetes".
Paralelamente à movimentação dos peemedebistas, integrantes do PSD, PSB e PCdoB se reuniram antes do recesso de parlamentar de julho para discutir o lançamento de um candidato apoiado pelas três legendas.
"O nome do líder Henrique é respeitado, mas não é unanimidade", afirmou o líder do PSD, Guilherme Campos (SP). Entre os possíveis candidatos hoje estão os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Márcio França (PSB-SP).
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