52 peemedebistas assinaram o pedido de abertura da CPI, 63% da bancada do partido, que tem 82 membros.
Em mais uma demonstração de rebeldia em relação ao Palácio do Planalto, a bancada do PMDB na Câmara teve papel destacado na articulação que levou à apresentação, ontem, de um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na Petrobras. Das 199 assinaturas apresentadas, os deputados do PMDB foram os responsáveis pelo maior apoio entre os partidos, com 52 nomes.
Ao todo, 63% dos 82 parlamentares da bancada do partido subscreveram o pedido de abertura da CPI. Comandados pelo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), os peemedebistas estão em rota de colisão como o Planalto desde a Medida Provisória dos Portos. Cunha, contudo, não assinou o pedido.
Na fila
Na prática, a comissão que tem na mira apurar a venda de ativos da estatal no exterior não deve prosperar porque há uma fila de mais de dez pedidos de criação de CPI na frente. O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), um dos autores do pedido, defende que, por "interesse nacional", a abertura da CPI passe na frente das demais. Ele nega que o objetivo da comissão seja retaliar o governo. "A Petrobras está conduzindo essas operações de uma maneira muito truculenta e isso é lesivo aos acionistas", diz.
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