O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, reiterou a importância de seu partido neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e, em entrevista ao jornal Destak, disse não ter dúvidas de que a legenda ocupará posições de destaque no governo, compatíveis com o seu tamanho. "Não somos aliados do governo, somos o governo", disse Temer, em entrevista na quinta-feira (6) ao jornal.

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O perfil oficial do vice-presidente no Twitter divulgou os principais trechos da entrevista na tarde desta sexta-feira, destacando o papel da sigla no novo mandato de Dilma e dizendo que, na disputa pela presidência da Câmara, se tiver um candidato, mesmo do PMDB, que se coloque contra o governo, ele estará se colocando contra ele próprio, que é vice-presidente da República.

Indagado se o partido continuará com os cinco ministérios, Temer disse que a decisão é da presidente Dilma. "Ela terá sensibilidade para verificar o tamanho do PMDB e o que entrega ao PMDB. Não por ser um partido aliado, mas por ser um partido que está no governo. Agora, se serão cinco, seis, sete, quatro, é uma coisa a ser decidida. O que é importante é que o PMDB possa participar da formulação das políticas públicas do País", disse, citando as áreas da educação, saúde, política econômica e cultura. Ao falar da proposta de reforma política, o vice-presidente da República disse que esta é uma decisão do Congresso Nacional, por meio de consulta popular, seja de plebiscito ou de referendo.

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Sobre as diversas correntes que seu partido abriga, algumas contrárias ao próprio governo, Temer disse que isso é natural e legítimo e repetiu o discurso da presidente Dilma Rousseff sobre a importância do diálogo. "O que faço como presidente do PMDB e vice-presidente da República? Tento compor estes interesses. Como você compõe? Primeiro o diálogo. Você tem de conversar muito. Na democracia, você tem de conversar. E saber, especialmente, ouvir."

A respeito do imbróglio para a presidência da Câmara, que está opondo seu partido ao PT, em razão da candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer disse que é preciso esperar os acontecimentos. Questionado se apoiará o correligionário, foi taxativo: "Eu só posso apoiar se não ficar na oposição, se tiver um candidato, ainda que seja do PMDB, que se coloque contra o governo, ele está se colocando contra mim, que sou vice-presidente da República."