Com 365 dos 368 votos, a ala do PMDB ligada ao senador Roberto Requião foi eleita para dirigir o diretório do partido de Curitiba pelos próximos dois anos. O professor Altino Chagas Loureiro, que encabeça a chapa, ficará no lugar antes ocupado pelo senador. Outros integrantes eleitos são Hudson Calefe, Romualdo Tomporowski, Antonio Sávio, Sheila Toledo, Sérgio Ricci, Sérgio Hoinacki e Joélcio Klóss. A chapa apoia a candidatura de Requião ao governo do estado nas eleições de 2014.
A votação ocorreu desde a manhã desde sábado (06) e foi encerrada às 14 horas. O encontro, porém, não é validado pela outra ala do PMDB local que defende que a convenção não poderia ser efetivada, porque o partido está sob intervenção de uma comissão provisória.
Em junho, o PMDB decidiu destituir o comando do partido em 72 cidades do Paraná, sob alegação de fraco desempenho eleitoral. Depois, o número caiu para 25, mas Curitiba continuou incluída na intervenção. A destituição foi ordenada pelo comando estadual do PMDB, que tenta eliminar a chance de Requião ser candidato ao governo do estado em 2014.
O edital do encontro foi lançado antes da intervenção e uma chapa única foi referendada. Os peemedebistas eleitos estão divididos entre simpatizantes de Requião e os que se autodenominam independentes. "Nós vamos resgatar os valores do partido e ampliar o diálogo com os filiados", defende Loureiro.
Contestação
A convenção realizada no sábado havia sido convocada antes da intervenção, mas só aconteceu depois que o grupo ligado ao senador conseguiu liminar favorável para a realização da eleição.
A comissão provisória criada em Curitiba depois da dissolução do comitê é presidida pelo deputado estadual Stephanes Júnior, que afirma que a convenção não terá validade. "O encontro foi apenas uma invenção do senador, que não terá nenhuma validade e que não muda a decisão do diretório estadual. Outras convenções serão realizadas, em setembro, nos municípios onde houve a dissolução", afirma.
Eleições
No Paraná, o PMDB está dividido por causa das eleições de 2014. Há três vertentes: um grupo defende a candidatura própria; outra ala é a favor de aliança com o PSDB e alguns filiados defendem o apoio à possível candidatura da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT). Para Stephanes Júnior, a decisão sobre as eleições ainda está em aberto e um posicionamento oficial do partido só será oficializado no ano que vem.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano