O presidente do BC, Henrique Meirelles, recentemente filiado ao PMDB, seria o nome da preferência de Lula para ser vice de Dilma| Foto: Elza Fiúza/ABr

Em SP, partido apoia Requião para presidente

São Paulo - Em meio aos atritos entre a cúpula nacional dos peemedebistas e o PT, a Executiva Estadual do PMDB de São Paulo declarou ontem apoio à candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), para a Presidência da República.

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Brasília - A cúpula nacional do PMDB se irritou com a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os peemedebistas indicassem uma "lista tríplice" de nomes para que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), escolha o candidato a vice em 2010. A declaração de Lula foi interpretada como um desprestígio ao presidente da Câmara dos Deputados e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, que foi o escolhido pela direção nacional do partido para ser vice na chapa de Dilma. Temer recentemente se viu envolvido no escândalo do mensalão do DEM, no Distrito Federal (DF).

Nos bastidores do PMDB, a proposta de Lula também não agradou porque seria uma forma de Lula interferir na escolha do nome peemedebista. Espe­­cula-se que Lula quer impor o nome do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, filiado recentemente ao PMDB, como vice de Dilma. Neste fim de semana, o presidente Lula deve ligar para Temer na tentativa de desfazer o mal-estar.

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A irritação dos peemedebistas com as palavras do presidente foi externada pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). O deputado disse que o partido respeita a discussão interna do PT, mas que a recíproca tem de ser "absolutamente verdadeira". "O PT já definiu sua candidatura à Presidência. Seus critérios e discussões internas merecem o respeito, a lealdade e a confiança do PMDB. Mas a recíproca tem, e terá, de ser absolutamente verdadeira. E o nosso partido nem sequer admite pensar diferente. O correto para o PMDB é o que o PMDB entender ser o correto", afirmou líder.

Em nota, Alves diz ainda que a declaração de Lula "não bate à porta do PMDB" porque fica situa­­da em "imprevisíveis caminhos que levarão à eleição presidencial". O líder reitera que há um pré-acordo entre o PT e o PMDB para a indicação à Vice-Presidência, mas afirma que a convenção nacional da legenda, prevista para março, é que definirá se a aliança vai sair do papel.

"É o debate, é a decisão democrática e soberana da convenção nacional que escolherá, ser for aprovada a aliança, o seu único candidato à Vice-Presidência da República.

Michel Temer também reagiu à afirmação de Lula. O peemedebista encaminhou ofício ontem ao diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, com o pedido para que a instituição divulgue supostas "munições" que teria contra ele – em meio à operação que investiga irregularidades no governo do DF.